quarta-feira, 7 de outubro de 2020

batuque espiral

tem batucado no meu pensante, inspirações que raysner confessou na aula anterior. ele citou pessoas que de algum modo, haviam lhe trago motivos ou desejos de se tornar melhor. então esticou-se na mente a imagem do raysner-jovem-sonhador, e me identifiquei, sabe? enxerguei a possibilidade de que naquela cabecinha ali, nem brotasse a percepção de que o próprio fosse pra nós, o que determinada(o) artista já foi pra ele. pensei: é óbvio, todo mundo tem em quem se projetar, até a lente dos projetores. contando nos dedos, quase me falta unha pra listar quem me dá ou já doou sementes pra plantar. e isso é bom, certo? ter quem se admirar e vê-la agindo por mérito e esforço, num mundo onde se quer estar, já faz daquela areia nos olhos um sonho parcial com vista pro mar. é possível ser artista, engenheiro, gari. aqui, tanto faz a nomenclatura. dá pra sonhar com o que a gente quiser, e observando as minhas inspirações entendi: tem um montão de gente que sonha semelhante igual à mim e você por aí. o batuque diz: será que hei de me tornar alguém assim? inspiração? involuntária representatividade do sonho de alguém? essas respostas nunca foram objetivo das grandes inspirações, mas apenas boas consequências do acaso, escrevendo eu desvendo. raysner-não-mais-jovem-porém-sonhador é um destes, que com seus cadernos de batucadas e espirais, trouxe o aroma fresco das ondas pra uma turma juvenil de escrevedores. inspiração é fruto do sonho nosso e de mais alguém. então este é o princípio do todo: sonhar, se inspirar e inspirar… certo? também têm pesquisar, escrever, treinar e todos aqueles outros verbinhos importantíssimos no dicionário labial das sábias e experientes que nos guiam. não nos esqueçamos destes.

então mesmo que nem se chegue ao pódio, no final da prestação de contas, mantre comigo:

após o trevo e a figuinha, se houver quem se diga inspirado pelo seu sonho, ao menos nunca terá sido em vão o suor na camisa.

batuque espiral

- felipe gontijo

2 comentários:

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  2. Após o trevo e a figuinha, se houver quem se diga inspirado pelo seu sonho, ao menos nunca terá sido em vão o suor na camisa.

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