Cospe, bota para fora
Certa vez, li uma carta de Caio e ele dizia a seu amigo, Zezim, para cuspir suas palavras, vomita-las e não ter medo do seu interior. Era o primeiro livro de Caio que eu lia, Morangos Mofados, desde então aprendi a cuspir tudo que vinha a minha mente sobre a minha garganta. Colocar para fora mesmo, em uma tentativa de se curar, como dizia Clarice. Eu nunca havia mostrado meus processos de catarse para ninguém e escrever é ainda hoje uma forma de liberdade para mim e para os outras que pelo acaso se internalizam aos meus textos. Acho que isso se deve a Caio, pelo seu ensinamento eterno que irá ficar na minha memória para sempre, eu tenho medo dos meus textos, é engraçado. Como se eu fosse Victor Hugo olhando para sua criação. Eu aprendi que escrever é dia a dia, futilidade, tristeza ou amor. Aprendi com vocês sobre minha escrita, não é uma boa ideia deixar o texto mofando, fico feliz de estar com vocês e aprender tanto, tanto que ás vezes meu coração não aguenta, vocês provocaram em mim o amor, ou pelo menos a tentativa dele, o amor pela minha obra.
Com amor, Miguel.
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