Quero compartilhar com vocês uma reflexão que a fala de Sr. Miguel me trouxe.
TECER HORIZONTES
Blog da oficina-experimento voltada para prática de invenção de escritas dramatúrgicas, conduzida pelo dramaturgo Raysner de Paula. Aqui, além dos relatos, registros e reflexões realizados ao longo do processo, compartilharemos também trechos das dramaturgias escritas pel_s participantes durante os encontros.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Uma reflexão...
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
fim (?)
Deixo meus agradecimentos a tudo e a todxs. Essa proposta foi magnífica e potente. A arte salva, a arte forma e impulsiona. A arte é necessária. Ocupar o virtual com essa oficina, certamente, foi o meu respiro de alívio nesse momento de reclusão e caos. Novamente, obrigado!
Um forte abraço.
Raul.
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Até logo
Eu tenho pensado esses dias, sobre uma ansiedade talvez, um medo.Não sei ao certo, Freud deve ter alguma explicação para esse sentimento que me ocorre, juntamente com a fragilidade dos laços líquidos, Bauman rege meu pensamento. Eu tenho muito a dizer, mas pouco vai ser lembrado na memória de cada um de vocês, eu tenho pensado na maneira de redigir os meus pensamentos, as minhas palavras nesse papel flutuante, de costurar essas linhas pensantes nessa página em branco, Eu tenho medo, sim eu tenho medo. Medo de não dizer eu te amo, medo do tempo passar rápido demais e eu não perceber marcas da velhice sobre meu corpo. Medo da morte, medo do amanhã, medo de sofrer, parece que esse período das nossas vidas é feito de duas coisas: dor e glória. Mais dor do que glória. Essa dor, talvez exagerada, parece que não passa e ela fica e eu tenho medo de não sentir dor quando eu estiver crescendo e pensar que no passado eu era um jovem imaturo crescendo. Porque afinal, crescer dói, e como dói. Eu tenho a impressão de que de acordo com o nosso crescimento, Cronos está cada vez mais perto de nos engolir. O tempo nos consome, nos carrega, nos faz crescer de maneira interrupta e agora, as pernas que nos fez engatinhar, carrega os nossos corpos pensantes. Chega um dia que caímos em um sono profundo, e Cronos aproveita para nos engolir junto com a terra, minhocas, vermes. O final de uma vida é o começo de outra. Assim como no final do céu, A Lua sempre acompanha o Sol. Ciclos interruptos. Quando me esqueço de quem eu sou, eu toco a terra, é engraçado, de alguma forma, talvez uma memória póstuma de outra vida, lembre que da onde eu vim é para onde eu vou. Sim eu tenho medo, claro que sim. Afinal, eu sou humano, um animal com sentimentos, um animal como outro qualquer. Pensar sobre o passado é assunto dos mortos, lembrar do passado é assunto dos vivos. O Futuro é uma terra distante carregada de promessas.O Presente é o agora. E hoje, eu penso que de alguma forma nossas vidas estejam conectadas com uma fita, e em algum momento eu espero encontrar todos vocês e rir e lembrar do que já foi.
Agradeço principalmente a você Raysner, por abrir meus olhos e me fazer enxergar
Agradeço também a Vec, Nayara, Bárbara, Sofia, Pedro, Virginia, Felipe, Ana, Laura, Amanda, Raul e Isabella.
Cada um de vocês estará junto a mim para onde eu for.
"Hora de ir embora
Quando o corpo quer ficarToda alma de artista quer partir"
Ao final da cena, os atores dão ás mãos e agradecem, a cortina se fecha.
sábado, 10 de outubro de 2020
Eles
Eles não entendem, não compreendem.
Acham que bobeira, preguiça, besteira…
Tentam se aproximar… Mas rejeito.
Talvez como proteção, não sei?!
Sei que nada sei, sobre eles e sobre mim.
Uma grande incógnita? Não…
Uma tentativa de defesa, deles ou de mim mesma
Será? Por que? Quais são suas barreiras?
Calma, muitas perguntas de uma vez só...
Sei que nada sei, sobre eles ou sobre mim.
- Ana Moreau
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
batuque espiral
tem batucado no meu pensante, inspirações que raysner confessou na aula anterior. ele citou pessoas que de algum modo, haviam lhe trago motivos ou desejos de se tornar melhor. então esticou-se na mente a imagem do raysner-jovem-sonhador, e me identifiquei, sabe? enxerguei a possibilidade de que naquela cabecinha ali, nem brotasse a percepção de que o próprio fosse pra nós, o que determinada(o) artista já foi pra ele. pensei: é óbvio, todo mundo tem em quem se projetar, até a lente dos projetores. contando nos dedos, quase me falta unha pra listar quem me dá ou já doou sementes pra plantar. e isso é bom, certo? ter quem se admirar e vê-la agindo por mérito e esforço, num mundo onde se quer estar, já faz daquela areia nos olhos um sonho parcial com vista pro mar. é possível ser artista, engenheiro, gari. aqui, tanto faz a nomenclatura. dá pra sonhar com o que a gente quiser, e observando as minhas inspirações entendi: tem um montão de gente que sonha semelhante igual à mim e você por aí. o batuque diz: será que hei de me tornar alguém assim? inspiração? involuntária representatividade do sonho de alguém? essas respostas nunca foram objetivo das grandes inspirações, mas apenas boas consequências do acaso, escrevendo eu desvendo. raysner-não-mais-jovem-porém-sonhador é um destes, que com seus cadernos de batucadas e espirais, trouxe o aroma fresco das ondas pra uma turma juvenil de escrevedores. inspiração é fruto do sonho nosso e de mais alguém. então este é o princípio do todo: sonhar, se inspirar e inspirar… certo? também têm pesquisar, escrever, treinar e todos aqueles outros verbinhos importantíssimos no dicionário labial das sábias e experientes que nos guiam. não nos esqueçamos destes.
então mesmo que nem se chegue ao pódio, no final da prestação de contas, mantre comigo:
após o trevo e a figuinha, se houver quem se diga inspirado pelo seu sonho, ao menos nunca terá sido em vão o suor na camisa.
batuque espiral
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
Eu não sei quem eu sou.
Mas sei que essa tal de Laura pelo qual me apresento, ama muito tudo isso que vem me acompanhando desde o momento em que abri os olhos. E é curioso como às vezes tenho a impressão de me ver em livros, palavras, cores, sentimentos, chocolate, café e música. Mas no final — que ainda não chegou, mas se chegou, não vi que aqui está a me encarar, como se o mundo não fosse acabar esta noite —, nada disso sou eu."
Uma reflexão...
Quero compartilhar com vocês uma reflexão que a fala de Sr. Miguel me trouxe. Estávamos somente eu, Miguel, Yaya e Virginia na chamada e tin...
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Eles Eles não entendem, não compreendem. Acham que bobeira, preguiça, besteira… Tentam se aproximar… Mas rejeito. Talvez como proteção, nã...
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Quero compartilhar com vocês uma reflexão que a fala de Sr. Miguel me trouxe. Estávamos somente eu, Miguel, Yaya e Virginia na chamada e tin...
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No último encontro, lemos "Agreste" uma peça que me lembrou muito a obra "Grande Sertão: Veredas". Deixo aqui um então, ...